A recente onda de refilmagens feitas pelos estúdios de Hollywood representa não só falta de criatividade mas revela também uma obsessão do ser humano nesse novo milênio pela lavagem da historia,filmes feitos com baixo orçamento,visualmente não muito atraentes,atores desconhecidos, são substituídos por filmes clones ultra-reais,orçamentos pornográficos,atores super famosos.
O remake é feito de maneira a eliminar todos os “defeitos” dos filmes anteriores, uma esterilização é feita com o uso da tecnologia ,o significado e a contribuição histórica é retirado do filme original, o progresso que ele havia trazido para a história é trocado por uma esterilização do sentido original ,gerando um sentido voltado para o politicamente correto,para algo “perfeito”.
Não é preciso dizer que esse tipo de acontecimento se repete em diversos eventos,comemorações,festivais,essa obsessão representa uma perda do fluxo histórico, como na música do Cazuza, “ideologia”, o que existe agora é uma obsessão de reviver o passado na busca de um sentido que já não existe mais .
A velocidade desses remakes, quanto a eficiência na fabricação da imitação é cada vez mais rápida,fato que pode ser observado nas cópias feitas do cinema de horror japonês,rapidamente substituídas por um clone Hollywoodiano .
Essa obsessão por uma velocidade cada vez maior, revela também um desejo de estar sintonizado com o tempo e substituir o acontecimento , o real pelo hiper-real como Jean Baudrillard mostra em seus livros.
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